Situação

Moradores da Balsa sofrem com esgoto na rua

Há duas semanas, rua Juarez Almeida vem alagando; área não possui rede de esgoto e Prefeitura promete visita ao local

Foto: Carlos Queiroz - DP - Viviane precisa escavar diversas vezes uma espécie de valeta na porta de casa para escoar o esgoto

Há cerca de duas semanas os moradores da rua Juarez Almeida, na região da Balsa, em Pelotas, sofrem com uma situação indesejável: o mau cheiro do esgoto invade o nariz, as sujidades rondam as portas das casas e o transtorno não tem previsão de ter fim. Para piorar, ações básicas como ligar um chuveiro ou lavar roupa fazem com que a água suja suba de nível, gerando mais preocupação.

Principal afetada pela situação na pequena rua, já que mora em uma das partes mais baixas do local, a cuidadora de idosos Viviane Vieira diz não saber mais o que fazer. Assim como os vizinhos, afirma já ter questionado o Sanep e a Prefeitura, mas sem obter solução. No pátio de casa, resquícios de uma pequena ponte improvisada criada por ela para conseguir transitar até a porta sem mergulhar os pés em dejetos, pulando de tijolo em tijolo. A solução temporária foi, com uma enxada, fazer uma espécie de valeta para que o esgoto siga o caminho pela margem da rua, onde acaba se acumulando na esquina. A atividade é repetida diversas vezes por dia, já que em poucos minutos tudo se acumula novamente.

Viviane alega que a tubulação está cheia de areia após obras de qualificação em uma das vias adjacentes. Cogitou até sair provisoriamente e ir ficar com familiares, tamanha a dificuldade de lidar com os odores. Tentou com purificadores de ar, incenso e outras saídas, mas não teve solução. “Isso aqui da gente arde”, relata, apontando para a área da garganta. Ela diz que os filhos vêm reclamando de dores de cabeça, náuseas e mal-estar com a situação. “Estamos ralados”, conclui.

Suas vizinhas juntam-se ao coro por solução do problema. Elizabeth Siqueira, que mora do lado oposto da rua, acabou não tendo a porta da casa afetada. Mas, se o trânsito não é afetado, a respiração é. “Está horrível esse fedor”, resume. As vizinhas apontam que chegaram a conversar com vereadores e lideranças locais, mas sem solução. Outro temor é que, com a chegada da temporada de chuvas, as precipitações tornem a situação ainda mais assustadora.

O que dizem os órgãos responsáveis

Via assessoria de imprensa, o Sanep reforça que, por a rua não possuir rede de esgoto, o problema dos moradores foge de sua competência. “Nessa rua não tem rede de esgoto, mas o desentupimento de rede pluvial em ruas não pavimentadas é de competência da Ssui [Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura]”.

Já a assessoria de comunicação da Prefeitura afirmou que o secretário de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Fábio Suanes, indicou que uma equipe realizará uma visita técnica ao local nesta terça (25) para avaliar a situação. ​

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